sábado, 3 de julho de 2010


Alguns até indagavam: para que tanta maquiagem? 
A resposta, não muito evidente, estava vinculada a um 
medo vital e preciso. É que a face humana se parece inundada de maquiagem. Por todos os cantos. Como se fossem máscaras, usadas religiosamente, em seu cotidiano.

Não me é necessário muita fantasia.
Em meio à turbulência de preocupações umbilicais que cada 
um possui, não há tempo para se notar o evidente do 
outro.

A forte maquiagem e o nariz vermelho bem intenso já bastam para eu me enganar e ainda conseguir gerar risadas alheias.

Mas, aconteceu que naquele dia, a alegria dos outros me 
espantou.Alguma coisa morreu em mim.
Não adiantavam pinturas faciais e nem tão pouco algum 
tipo de máscara. 
Era, de fato, um triste palhaço. Um 
palhaço mendigando os sorrisos diabólicos de outrem.

Autora: Thobila

 

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